No Brasil, a violência contra a mulher tem um infeliz destaque no mapa da violação de direitos. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o país é o 5º no ranking de casos de feminicídio no mundo.
O jornalismo tem um papel indispensável no combate à violência contra as mulheres. Uma cobertura jornalística assertiva é capaz de mobilizar a sociedade, chamar atenção para um assunto de urgência e encorajar vítimas a denunciarem.
Desde a criação da Lei Maria da Penha, em 2006, os veículos de comunicação têm pautado cada vez mais a temática de gênero e violência contra a mulher. Fazer a cobertura de crimes de gênero envolve responsabilidade e empatia, considerando a delicadeza da temática. E foi pensando nos dilemas dessa cobertura que a plataforma Universa decidiu dar um pontapé para uma cobertura mais digna e sensível das vítimas e familiares dessa violação de direitos.
“Boas Práticas na Cobertura da Violência Contra a Mulher”, esse foi o título atribuído ao manual elaborado para jornalistas e lançado pela plataforma do UOL. Lançado estrategicamente no Dia Internacional de Combate a Violência Contra a mulher, 25 de novembro, o guia traz uma série de condutas para a cobertura de crimes de gênero, contendo informações que orientam repórteres sobre legislação, formas de denunciar, nomenclaturas a serem usadas nos textos, lista de fontes especializadas no tema, como abordar os familiares, que fotos utilizar e, principalmente, como conversar com as vítimas, além de vários outros dilemas e questionamentos envolvendo o assunto.
Ao falar sobre a necessidade deste manual de conduta, Dolores Orosco, editora-chefe de Universa, destacou a importância da ética e responsabilidade jornalística. “Como equipe 100% feminina que somos, nos preocupamos em produzir um jornalismo cada dia mais ético, sensível e responsável, para que nossa atuação contribua efetivamente para o combate à violência contra a mulher”, pontuou ela.
O manual teve incentivo para o compartilhamento com o maior número de pessoas possível. A cartilha sobre como cobrir casos de violência contra a mulher está disponível para acesso gratuito e pode ser baixado AQUI.
Por Suzana Moreira
Fonte: Plataforma Universa